Parte 1 - Preenchimento de Plano de Testes e Evidências

Introdução ao Plano de Testes

A aula inicia com a demonstração prática de como preencher uma planilha de plano de testes, combinando as técnicas de Partição de Equivalência e Análise do Valor Limite. O contexto do exemplo utilizado é um sistema de Controle Acadêmico, com foco no módulo de Gestão de Inscrições e no caso de uso "Realizar Inscrição".

Estrutura da Planilha de Teste

O professor explica as seções da planilha e começa a preenchê-la com os casos de teste, que foram extraídos de materiais de apoio. As principais condições de teste (regras de negócio) abordadas são:

• RN-00: Choque de horários entre disciplinas.
• RN-01: Limite máximo de 20 créditos para inscrição.
• RN-02: Disponibilidade de vagas na turma.
• RN-03: Cumprimento dos pré-requisitos da disciplina.

Detalhamento dos Fluxos de Teste

Os casos de teste são organizados de acordo com os fluxos do caso de uso, incluindo:

• Fluxo Principal: Cenários onde o aluno cumpre ou não os pré-requisitos para a inscrição.
• Fluxo Alternativo 5: O aluno realiza a revisão das inscrições feitas.
• Fluxo de Exceção 4: O sistema trata a tentativa de inscrição em disciplinas com choque de horário.
• Fluxo de Exceção (Corrigido): O professor corrige que o fluxo para a quantidade máxima de inscrições também é um fluxo de exceção, não alternativo.

Execução dos Testes e Registro de Defeitos

A segunda parte da planilha é dedicada à execução dos testes. O professor detalha como registrar os resultados:

• Status: Preenchido com OK (passou) ou Não OK (falhou).
• Descrição do Defeito: Um campo para descrever detalhadamente o erro encontrado. Exemplos dados:
  • O sistema permitiu a inscrição de um aluno sem os pré-requisitos necessários.
  • O sistema não impediu a inscrição em duas disciplinas com horários conflitantes.
  • O sistema não inseriu o aluno na lista de espera quando a turma estava lotada.
• Tipo de Defeito: Uma classificação de severidade do defeito, usando uma escala de 1 a 4 (de urgente a baixo).

Boas Práticas para Evidências de Teste

É enfatizada a importância de documentar todos os testes com evidências, principalmente em vídeo para defeitos. As boas práticas incluem:

• Manter os vídeos curtos e objetivos.
• Usar o cursor do mouse para apontar onde o erro ocorre na tela.
• Narrar o vídeo, se necessário, para explicar o problema.
• Garantir que os links para as evidências (seja no Google Drive, YouTube ou SharePoint) estejam públicos e acessíveis para a correção.

Separação de Papéis no Processo de Teste

O professor ressalta a importância da separação de papéis em um time de desenvolvimento. Idealmente, a pessoa que programa uma funcionalidade não deve ser a mesma a testá-la, para garantir um teste mais imparcial e eficaz. Em duplas, sugere-se que um teste o trabalho do outro.

A principal atividade da aula foi o preenchimento de uma planilha de plano de testes em tempo real, servindo como um guia prático para os alunos.

Demonstração Prática:

O professor executou os seguintes passos na planilha:

1. Identificação do Projeto: Definiu o sistema (Controle Acadêmico), o módulo (Gestão de Inscrições) e os responsáveis pela elaboração e execução dos testes.
2. Carga dos Casos de Teste: Copiou e colou informações de casos de teste pré-definidos para a planilha, organizando-os por:
   • Fluxo do Caso de Uso (Principal, Alternativo, Exceção).
   • Condição de Teste (Regra de Negócio associada, ex: RN-00, RN-01).
   • Saída Esperada.
3. Simulação de Execução e Defeitos: Demonstrou como preencher a seção de execução dos testes:
   • Marcou alguns testes como OK e outros como Não OK.
   • Para os testes que falharam, escreveu descrições claras dos defeitos encontrados.
     • Exemplo de defeito: O aluno se inscreve indevidamente em disciplinas para as quais não possui os pré-requisitos cumpridos.
   • Classificou a severidade dos defeitos (Tipo de Defeito).
4. Exemplificação de Evidências: Exibiu vídeos de projetos de semestres anteriores para ilustrar como devem ser as evidências de teste, especialmente para os que falharam. Os exemplos mostrados incluíam:
   • Um sistema de doação que permitia a finalização sem selecionar nenhum item.
   • Um sistema que não removia um item da lista após a ação de exclusão do usuário.

Durante a aula, o professor fez alguns comentários paralelos:

• Ao explicar a separação de conceitos, usou a frase: "Como diz uma pessoa que eu conheci na minha vida, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa."
• Ao escolher a cor para destacar células na planilha, mencionou: "Verde é a minha cor preferida".
• Enquanto formatava a planilha, comentou sobre a lentidão do software: "...eu vou te contar, viu... ainda mais travando desse jeito".
• Mencionou que ao corrigir trabalhos hospedados no SharePoint, às vezes enfrenta problemas de permissão e precisa solicitar acesso, recomendando o uso de plataformas mais diretas como o Google Drive.
• Alertou sobre a gravação não autorizada da aula, mencionando seu direito de voz.